FOZ DO IGUAÇU - PARANÁ - BRASIL - A Delegacia da Receita Federal completou 50 anos de atuação em Foz do Iguaçu com uma série de homenagens a pessoas que ajudaram a construir a história do órgão. Durante a solenidade, na tarde de terça-feira (20), o prefeito Chico Brasileiro e demais autoridades destacaram o importante papel desenvolvido pela RF no combate ao contrabando e descaminho na região de fronteira.
“Hoje somos uma cidade progressista, que cresce com desenvolvimento sustentável, por isso devemos muito à Receita Federal e ao ex delegado Mauro de Brito pela sua perspicácia de enfrentar as piores adversidades no combate ao ilícito”, disse Brasileiro. Ex-delegado da unidade em Foz, Mauro de Brito foi reconhecido pelo trabalho de erradicação dos comboios de ônibus de contrabando, que atuaram na fronteira entre 1995 e 2004.
Emocionado com o reconhecimento do município de Foz do Iguaçu pelo seu trabalho à frente da delegacia, Mauro de Brito valorizou o papel institucional desempenhado pela Receita Federal. “O Estado não podia ser subjugado pelos comboios de ônibus de muamba. Foz gerava uma centena de empregos no contrabando e perdia milhares de postos de trabalho na indústria, comércio e turismo”, observou Brito. “O trabalho que fizemos foi para a sociedade local visualizar um novo modelo econômico para o município”, ponderou.
Homenagens
Durante o evento, o presidente do Codefoz (Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social), Mario Camargo, e o membro do Conselho Consultivo e primeiro presidente da entidade, Danilo Vendruscolo, receberam o reconhecimento pela parceria e o trabalho em conjunto com a Receita Federal.
O empresário e conselheiro da ACIFI Fábio do Prado, o juiz federal Rony Ferreira e o procurador da República Alexandre Porciúncula também receberam a honraria.
Para Mario Camargo, a parceria das instituições representativas da sociedade civil com a Receita Federal foi decisiva no combate ao contrabando e no fim dos comboios de ônibus. Como efeito, Foz do Iguaçu fortaleceu a vocação turística e expandiu o comércio internacional. “A prática dos comboios de ônibus de contrabando e muamba era prejudicial para a cidade”, relembrou Camargo. “Compramos essa briga junto com a Receita Federal, e hoje Foz tem muitos investimentos, reduziu a criminalidade e se tornou uma cidade turística de fato”, enfatizou.
Conquistas
A fase em que a cidade decidiu eliminar os comboios de contrabando coincidiu com outras conquistas, destacou Danilo Vendruscolo. A mobilização e a união de vários setores possibilitaram a construção de novas aduanas no Brasil e no Paraguai, e a revitalização da Ponte Internacional da Amizade e grandes projetos foram pautados, recordou.
“Podemos definir claramente o que aconteceu de 2001 para cá. Foi o posicionamento do Estado, que passou a combater de frente o contrabando que sangrava a economia”, ressaltou Vendruscolo. “Hoje podemos comemorar esse resultado, pois trilhamos o caminho certo”, completou.
O delegado da Alfândega da Receita Federal Rafael Dolzan evidenciou as parcerias no trabalho que mudou o panorama socioeconômico da fronteira. “Tínhamos uma sociedade dependente do contrabando, altos índices de violência entre os jovens e uma série de outros problemas”, elencou.“Hoje temos uma cidade com progresso e que quer crescer cada vez mais, apostando no turismo e no comércio exterior”, salientou Dolzan.
Histórico
A Receita Federal do Brasil foi criada em 20 de novembro de 1968. A atuação do órgão na cidade é anterior à criação oficial do município e remonta ao ano de 1905, sob a forma de mesa de rendas. Em 2018, a delegacia foi elevada à condição de alfândega, status obtido por somente outras duas unidades em todo o país.
Fonte: Agência de Notícias - PMFI
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